terça-feira, junho 19, 2007

Arctic Monkeys announce Brazilian dates

Arctic Monkeys are pleased to announce that they will be performing in Brazil as part of the TIM Festival in October:

Fri 26 Rio de Janerio, Marina da Gloria
Sun 28 Sao Paolo, Arena Skol
Wed 31 Curitaba, Pedreira

Tickets go on sale on Monday, August 27th 2007.

Alguém aí sabe chegar na Marina da Glória?

terça-feira, maio 22, 2007

Ê mundinho ordinário...

Um album entitulado "Ordinary World" não poderia fazer mais jus ao nome. A banda Get Set Go acertou com esse que é seu segundo album, de uma série de 3 até então. Um misto de caipira com powerpop, violas e violinos, e uma atmosfera que seria extremamente agradável, não fossem aquelas letras tão cruéis. Vivemos num mundo ordinário, trivial, e todos os dias pessoas comuns fazem coisas extraordinárias, em todos os sentidos que a palavra carrega. A vida já não tem mais tanta graça. Não tem razão qualquer ficar chapado, ou bêbado, muito menos trepar com sua melhor amiga em busca de respostas para uma pergunta que você nem tem. Viver de arte até parece um dos maiores engodos da sociedade moderna. Quem ouve pela primeira vez nem imagina que por trás de toda aquela suposta felicidade, arquitetada pela melodia, existe uma mancha escrota, exposta pelos versos impiedosos da letra. Mary ficou bêbada e transou com seu melhor amigo. Ela sabia que ele era gay, mas trepou com ele mesmo assim. Peter perdeu o emprego por aparecer bêbado de novo. De qualquer forma, bebeu em vão esperando a dor de mais um dia passar. Muitos outros personagens ainda aparecem, como a garota que se corta por debaixo de um vestido bonito, acreditando ser essa a única maneira de se sentir especial. E no primeiro sinal de agonia, já na faixa que abre o disco, o vocalista lamenta o fato de já ter vivido mais do que pôde aguentar, e mesmo assim ainda é incapaz de tirar a própria vida. O mundo de fato perdeu as cores, e mesmo tendo como pano de fundo uma atmosfera tão graciosa, tudo que nos resta mesmo é lamentar. hey hey hey, it´s a crying shame...

Assim que o Rapidshare colaborar eu coloco o álbum aqui pra download. Obrigado

sexta-feira, maio 18, 2007

Notícias velhas...

Sabe aquela noite que tinha tudo pra dar certo e aí tudo acaba numa grande decepção? É, foi o show do Jumbo Elektro no Gate´s Pub no dia 3 deste mês. Eu esperava algo louco, algo como o show do Goiânia Noise Festival de 2004. O mais engraçado é que a culpa não foi da banda, pra mim o problema foi o lugar. Bem, eu sempre adorei o Gate’s por 4 motivos básicos. Me acompanhe:

1) O clima. Sério, eu tenho um fraco por clima meia luz, especialmente quando tem janelas de caverna com barras de ferro e um alvo de dardos. E não, isso não é um fetiche.

2) A ausência de um palco. A banda toca no meio das pessoas. E como tem uma pilastra bem no meio, o povo se divide em duas platéias que prensam a banda contra um dos cantos do lugar. Sensacional.

3) A sala de fumar. Eu só vou lá ocasionalmente e esse detalhe nem interfere no show, mas aquele chão é foda. Sem contar que em muitas noites, as pessoas mais interessantes ficam por lá.

4) Porra, o lugar chama Gate’s! Definitivamente ele merece estar em qualquer top cinco de trocadilhos com nomes de lugares em Brasília

O que me incomoda é que mesmo assim o lugar anda a maior furada.Eu passei anos indo lá todos os fins de semana e neste só pisei lá 3 vezes. E só não me arrependi de uma. Alguém por favor avise os donos que banda cover e cerveja a cinco reais não combinam com música independente! CERVEJA A CINCO REAIS! O Lobão foi chamado de traíra por muito menos.

Qual foi o resultado disso? O Gate’s saiu do imaginário do público, o Landscape roubou parte do seu público e o Jumbo Elektro acabou fazendo um show para uma casa vazia. Brochante pra eles, com razão, e brochante pro público, com ainda mais razão. Se não fosse o Watson (sim, a banda inteira) na platéia comigo não teria mais ninguém pulando feito retardado na minha metade da platéia. Valeu caras! Claro, tinha mais gente na outra metade, pessoas mais animadas até, e algumas pessoas assistindo de boa aonde eu estava, mas era difícil ignorar aquele espação vazio.

O show? Desculpa, me distraí. Ele ainda conseguiu ser legal, mas nada perto do que foi no dia seguinte no FMI. A quantidade de músicas novas denuncia: eles já têm munição pro próximo disco. Eu gostei particularmente de Rachel, que é bem bonitinha, e I want to fuck, que já diz tudo, né? Bem, eu falo mais do show deles quando for escrever sobre o do FMI, que foi quase o mesmo só que sem TV Eye e com tesão, sabe-se lá quando. Se sentiu enganado? É, eu também pensei isso quando Tatá Aeroplano disse que a casa vetou o uso do extintor de incêndio. Saí dizendo que nunca mais pisaria no Gate´s . Nunca mais, inclusive, será amanhã (19/05) pro show da Graforréia Xilarmônica. Melhor beber no Piauí antes...

sábado, maio 12, 2007

Bom, já que ultimamente só eu venho ver esse blog, e mesmo assim uma vez por semana no máximo, vamos deixar e lado as formalidades...

quarta-feira, maio 02, 2007

Enfim boas notícias


Porão sem Mutantes? Los Hermanos pedindo tempo? Antes que você também ache que perdeu algumas das coisas mais importantes da sua vida no mês passado vamos a algumas boas notícias:

1) A próxima edição da Outra Coisa virá com um dos presentes mais legais que a revista já deu: o segundo disco do Canastra. O sucessor de trás a pessoa amada em três dias se chamara chega de falsas promesssas. Uma brincadeira com nomes de discos digna de Frank Zappa. Aliás, já dá pra conferir algumas das músicas novas lá no my space dos caras. Se tudo der certo, afinal a Outra Coisa não prima pela regularidade da distribuição, a revista sai na primeira semana deste mês.

2) E falando no my space, o Cachorro Grande também já colocou algumas músicas novas lá. O disco novo, que se chamará todos os tempos , já está a venda virtualmente no site do MSN, pra quem não liga de pagar por MP-3, e deve sair fisicamente em junho.

3) As faixas da brasiliense Club Silêncio, ex- Mentes Póstumas, já caíram na rede. Em breve, rapid share e resenha!

4) A Feira de Musica Independente Internacional de Brasília, ou pra preservar o fôlego FMI, começa nesta quarta (dia 02) com diversos shows, stands de gravadoras independentes, e conferências sobre temas legais como a questão do direito autoral. A programação completa está no site.

5) E a primeira semana do mês começa bem com o Jumbo Elektro no Gates quinta-feira. Na sexta, lá no FMI, o Jumbo faz bis e ainda tem Ronei Jorge e os Ladrões de bicicletas, Wado, e outras coisitas mas.

Não compensou o mês de todo mundo mas já é bom começo...

Bem, depois de tanto tempo é quase um novo começo né? Bem, mesmo esquema: comentem, postem, divulguem, adicionem....

segunda-feira, abril 16, 2007

Os vídeo B do Franz Ferdinand

Banda estranha esta tal de Franz Ferdinand. Os caras lançam dois discos excelentes, daqueles que se aproveitam todas as músicas, e decidem divulgar os lados B em clipe. E o interessante é que nem assim eles conseguem errar. Estes três vídeos podem ser vistos no youtube já há algum tempo e são bons o bastante para figurar entre os oficiais. Alguns deles são até melhores.

Jeremy Fraser é um clipe meio esquisito de uma das músicas mais esquisitas e legais que os caras já compuseram. Segundo Nick MaCarthy, a banda está escondida em algum lugar entre as máscaras de animais e as lanças de prata. Pobre Jeremy...



L Wells é uma sobre uma certa garota de Glasgow que faz todos se sentirem bem. Ao longo do seu passeio pela cidade ela passa pela tal casa em que os membros da banda se reúnem para trabalhar músicas novas.


Wine in the afternoon versa sobre vida a dois, tardes à toa, filosofia sobre cigarros e muitas garrafas de vinho.

quarta-feira, abril 11, 2007

"Um Album Canastrão"

Zé entrou naquela loja sem nenhuma expectativa. Achou que nunca acharia os albuns das bandas que estava começando a gostar. Olhou em volta, viu alguns estereótipos muito bem definidos, e se virou. Achou que numa loja maior acharia o que buscava. No alto de seus 15 anos, já achava que sabia tudo sobre a música que gostava. Humpf, amador... nem sabia se gostava do
que dizia que gostava, ainda.
A um passo de deixar a loja, olhou de canto de olho para um album escondido por detrás das
ofertas da semana. Um album beje, meio sem vida. Com umas letras que pareciam saídas de um album do America, ou do Creedence Clearwater. Achou que não era nada de mais, abusando de
sua arrogância juvenil. No entanto, antes que pudesse dar o derradeiro passo, lembrou-se que
já estivera errado antes, e grandes chances foram perdidas por conta desse mesmo pensamento
limitante. Pensou que era hora de se provar errado. Andou até o canto da loja e puxou-o. Uma
tal de banda Canastra, que clamava, com seu álbum de estréia: "Traz a pessoa amada em três
dias".
Parecia que algo ou alguém estava querendo lhe dizer algo. Justo naquela época,
desacreditado da vida de um jeito e do oposto. Quando sim e não pareciam respostas extremas
de uma mesma pergunta. Quem sabe se ele sentasse, e ouvisse, e esperasse. 3 dias não
haveriam de doer. Era uma barganha.
Ao colocar o disco pra tocar, levou uma porrada que o retirou de sua cômoda posição
unilateral sonora. Percebeu em acordes, batidas, e versos ácidos sobre amores
passivos/agressivos, que tudo aquilo que achava que sabia era piada. Sorte no amor? Ou sorte
no jogo? Pois na dúvida, apostou em toda sorte e resolveu pagar pra ver. Um disco tão bom
não poderia estar errado. Alguem que escrevia sobre o amor impossível do próprio diabo,
devia saber alguma coisa a mais da vida. O disco lhe prometia a pessoa amada em 3 dias. E
era somente isso que faltava ao pobre Zé.
Zé ouviu o disco uma vez, e nada. Ouviu de novo, e nada. Não desistiu. Ouviu mais uma vez, e
outra, e outra, e os dias foram se consumindo em múltiplos de 3, até que contar passou a ser
um passatempo doloroso demais para se importar. Passados 3 anos, Zé já nem se lembrava mais da falsa promessa de um velho disco empoeirado. Mas eis que o achou outro dia, numa época
menos conturbada que a de outrora. Achou que agora sim faria sentido cobrar da banda o que
lhe tinha sido negado em seu tempo de arrogãncia, agora finalmente perdida. Zé havia se
tornado uma pessoa madura, racional, até quase emotiva. Ouviu o disco mais uma vez, e contou
as horas, os minutos, os segundos... mas no fundo já sabia qual seria a conclusão. Ele achou
que esperar o suficiente, para amadurecer, lhe traria de volta as chances perdidas, agora
sim merecidas. Tolo.
Ainda hoje ele arrisca, aposta, e ouve aquele album. Mensamente, bimestralmente, ou
simplesmente quando dá. O album não cumpriu sua palavra, afinal, como previsto. mas Zé
cumpriu seu destino. Cresceu, amadureceu. Apostou em si mesmo! Uma pena que, como diz o
ditado, a casa sempre ganhe. Zé apostou alto, perdeu, e até hoje ele é obrigado a pagar,
fazendo a única coisa que, mesmo depois de tudo, nunca deixou de saber: Ouvir música.